domingo, 21 de novembro de 2010

*Versos da Morte*

A morte nos faz cair em seu alçapão,



É uma mão que nos agarra


E nunca mais nos solta.


A morte para todos faz capa escura,


E faz da terra uma toalha;


Sem distinção, ela nos serve,


Põe os segredos a descoberto,


A morte libera o escravo,


A morte submete rei e papa


E paga a cada um seu salário,


E devolve ao pobre o que ele perde


e toma do rico o que ele abocanha.





 Hélinand de Froidmont,


em ‘Os Versos da Morte’

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