terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O SONHO * O ENCONTRO

*O ENCONTRO*


Encontrei você Victor,
te encontrei em um sonho como há tempos não encontrava,
e neste encontro você me abraçou como fazia em vida
e como fez tantas vezes em sonhos, depois que você partiu.
Você veio a mim porque eu precisava deste abraço,
você veio a mim porque o amor que nos uniu em vida é eterno,
vai além das fronteiras que nos separam.
Eu te chamei e você veio.
Por este amor que te mantém sempre vivo em meu peito,
você veio a mim e o teu abraço foi real,
ficou em meu corpo o calor do teu corpo,
na minha alma a calma que me trouxe teu olhar,
na minha vida, a esperança de saber
que de novo posso te encontrar.


                                                                      
*O SONHO*




“Eu te procurei pela vastidão do mundo,
de todas as formas tentei te encontrar depois que partiste sem poder nos dar adeus.
Cansada e sem esperança sentei-me no balcão de um bar,
lá fora uma praia e a brisa do mar.
A porta se abria imensa diante de mim,
então olhei para fora e vejo você parado, me olhando...
Lindo e jovem como no dia em que se foi.
Corri até você e me joguei em teus braços,
você me abraçou com tanto amor,
e teu corpo aqueceu a solidão do meu coração vazio.
Me envolvi no teu olhar e chorei naquele abraço,
lágrimas amargas do teu sangue derramado,
vinte anos de saudades.
Você disse:
“Algo me trouxe aqui”.
Em completo desespero eu te falei:
Victor!! a Mãe morreu, o Pai morreu, o Álvaro morreu,
nós perdemos tudo...eu precisei tanto, tanto de você!
Depois que você se foi eu envelheci dez anos em um único dia.

As lágrimas jorravam queimando meu rosto,
e implorei para que você ficasse.
Teus lindos olhos verdes se entristeceram,
e pude ver a sombra de um mundo distante passando por eles.
Você me disse: Eu preciso seguir meu caminho... eu preciso ir...
e tuas mãos deslizaram lentamente pelas minha mãos,
Mais uma vez você se foi....”


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

*ELEGÂNCIA DE COMPORTAMENTO*

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.


Educação enferruja por falta de uso.


“LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas.
Fique alerta quanto ao momento presente.
Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.
Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."


*Clarice Lispector*

Agora preciso de tua mão,

não para que eu não tenha medo,
mas para que tu não tenhas medo.


Sei que acreditar em tudo isso será,
no começo, a tua grande solidão.


Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:


Por amor.