Caminhando nas Nuvens, acima, abaixo e tantos caminhos mais...
porque todos somos seres caminhantes
quinta-feira, 23 de junho de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
O SONHO * O ENCONTRO
*O ENCONTRO*
Encontrei você Victor,
te encontrei em um sonho como há tempos não encontrava,
e neste encontro você me abraçou como fazia em vida
e como fez tantas vezes em sonhos, depois que você partiu.
Você veio a mim porque eu precisava deste abraço,
você veio a mim porque o amor que nos uniu em vida é eterno,
vai além das fronteiras que nos separam.
Eu te chamei e você veio.
Por este amor que te mantém sempre vivo em meu peito,
você veio a mim e o teu abraço foi real,
ficou em meu corpo o calor do teu corpo,
na minha alma a calma que me trouxe teu olhar,
na minha vida, a esperança de saber
que de novo posso te encontrar.
*O SONHO*
“Eu te procurei pela vastidão do mundo,
de todas as formas tentei te encontrar depois que partiste sem poder nos dar adeus.
Cansada e sem esperança sentei-me no balcão de um bar,
lá fora uma praia e a brisa do mar.
A porta se abria imensa diante de mim,
então olhei para fora e vejo você parado, me olhando...
Lindo e jovem como no dia em que se foi.
Corri até você e me joguei em teus braços,
você me abraçou com tanto amor,
e teu corpo aqueceu a solidão do meu coração vazio.
Me envolvi no teu olhar e chorei naquele abraço,
lágrimas amargas do teu sangue derramado,
vinte anos de saudades.
Você disse:
“Algo me trouxe aqui”.
Em completo desespero eu te falei:
Victor!! a Mãe morreu, o Pai morreu, o Álvaro morreu,
nós perdemos tudo...eu precisei tanto, tanto de você!
Depois que você se foi eu envelheci dez anos em um único dia.
As lágrimas jorravam queimando meu rosto,
e implorei para que você ficasse.
Teus lindos olhos verdes se entristeceram,
e pude ver a sombra de um mundo distante passando por eles.
Você me disse: Eu preciso seguir meu caminho... eu preciso ir...
e tuas mãos deslizaram lentamente pelas minha mãos,
Mais uma vez você se foi....”
Encontrei você Victor,
te encontrei em um sonho como há tempos não encontrava,
e neste encontro você me abraçou como fazia em vida
e como fez tantas vezes em sonhos, depois que você partiu.
Você veio a mim porque eu precisava deste abraço,
você veio a mim porque o amor que nos uniu em vida é eterno,
vai além das fronteiras que nos separam.
Eu te chamei e você veio.
Por este amor que te mantém sempre vivo em meu peito,
você veio a mim e o teu abraço foi real,
ficou em meu corpo o calor do teu corpo,
na minha alma a calma que me trouxe teu olhar,
na minha vida, a esperança de saber
que de novo posso te encontrar.
*O SONHO*
“Eu te procurei pela vastidão do mundo,
de todas as formas tentei te encontrar depois que partiste sem poder nos dar adeus.
Cansada e sem esperança sentei-me no balcão de um bar,
lá fora uma praia e a brisa do mar.
A porta se abria imensa diante de mim,
então olhei para fora e vejo você parado, me olhando...
Lindo e jovem como no dia em que se foi.
Corri até você e me joguei em teus braços,
você me abraçou com tanto amor,
e teu corpo aqueceu a solidão do meu coração vazio.
Me envolvi no teu olhar e chorei naquele abraço,
lágrimas amargas do teu sangue derramado,
vinte anos de saudades.
Você disse:
“Algo me trouxe aqui”.
Em completo desespero eu te falei:
Victor!! a Mãe morreu, o Pai morreu, o Álvaro morreu,
nós perdemos tudo...eu precisei tanto, tanto de você!
Depois que você se foi eu envelheci dez anos em um único dia.
As lágrimas jorravam queimando meu rosto,
e implorei para que você ficasse.
Teus lindos olhos verdes se entristeceram,
e pude ver a sombra de um mundo distante passando por eles.
Você me disse: Eu preciso seguir meu caminho... eu preciso ir...
e tuas mãos deslizaram lentamente pelas minha mãos,
Mais uma vez você se foi....”
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
*ELEGÂNCIA DE COMPORTAMENTO*
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação enferruja por falta de uso.
“LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas.
Fique alerta quanto ao momento presente.
Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.
Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam.
E quando falam, passam longe da fofoca, das maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-las nas pessoas que não usam um tom superior de voz.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias, e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
Educação enferruja por falta de uso.
“LEMBRE-SE de que colheremos, infalivelmente aquilo que houvermos semeado.
Se estamos sofrendo, é porque estamos colhendo os frutos amargos das sementeiras errôneas.
Fique alerta quanto ao momento presente.
Plante apenas sementes de sinceridade e de amor, para colher amanhã os frutos doces da alegria e da felicidade.
Cada um colhe, exatamente, aquilo que plantou."
*Clarice Lispector*
Agora preciso de tua mão,
não para que eu não tenha medo,
mas para que tu não tenhas medo.
Sei que acreditar em tudo isso será,
no começo, a tua grande solidão.
Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
Por amor.
não para que eu não tenha medo,
mas para que tu não tenhas medo.
Sei que acreditar em tudo isso será,
no começo, a tua grande solidão.
Mas chegará o instante em que me darás a mão,
não mais por solidão, mas como eu agora:
Por amor.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
*Felicidade Clandestina*
Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada.
De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor.
Para que te servem essas unhas longas?
Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem.
Para que te serve essa cruel boca de fome?
Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer,
eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada.
Para que te servem essas mãos que ardem e prendem?
Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir.
(Trecho do conto 'Os desastres de Sofia', in "Felicidade Clandestina)
Clarice Lispector
De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor.
Para que te servem essas unhas longas?
Para te arranhar de morte e para arrancar os teus espinhos mortais, responde o lobo do homem.
Para que te serve essa cruel boca de fome?
Para te morder e para soprar a fim de que eu não te doa demais, meu amor, já que tenho que te doer,
eu sou o lobo inevitável pois a vida me foi dada.
Para que te servem essas mãos que ardem e prendem?
Para ficarmos de mãos dadas, pois preciso tanto, tanto, tanto - uivaram os lobos e olharam intimidados as próprias garras antes de se aconchegarem um no outro para amar e dormir.
Clarice Lispector
domingo, 21 de novembro de 2010
*Versos da Morte*
A morte nos faz cair em seu alçapão,
É uma mão que nos agarra
E nunca mais nos solta.
A morte para todos faz capa escura,
E faz da terra uma toalha;
Sem distinção, ela nos serve,
Põe os segredos a descoberto,
A morte libera o escravo,
A morte submete rei e papa
E paga a cada um seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perde
e toma do rico o que ele abocanha.
Hélinand de Froidmont,
em ‘Os Versos da Morte’
É uma mão que nos agarra
E nunca mais nos solta.
A morte para todos faz capa escura,
E faz da terra uma toalha;
Sem distinção, ela nos serve,
Põe os segredos a descoberto,
A morte libera o escravo,
A morte submete rei e papa
E paga a cada um seu salário,
E devolve ao pobre o que ele perde
e toma do rico o que ele abocanha.
Hélinand de Froidmont,
em ‘Os Versos da Morte’
sábado, 13 de novembro de 2010
A vOz dO siLênCio
Pior do que a voz que cala,
é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem
Martha Medeiros
é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem
Martha Medeiros
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