de relembrar esquecida.
Nas mãos palmas calejadas
cavando desejos proibidos.
E de pensar já sou louca,
não há encontro prá mim
não tenho nome em tua lista,
não iniciei sou teu fim.
Com tantos erros passados
ganhei má fama sozinha,
com tantos passos errados
não encontrei meu caminho.
Tentei abrir as mãos e não ví nada,
nem mesmo aquele beijo que me foi roubado
nem aquele antigo abraço que ganhei.
Eu lutei, perdí!
Porque contigo errei...
E de pecados sou negra,
de relutar sou sem forças.
De persistir sou sem vista,
de agredir comunista.
Não tenho eira nem beira,
não tenho amor para amar.
Não posso amar, sou prisioneira
da vida esquecida,
das lutas perdidas.
E seguindo sem luzes
ninguém verá minha partida.
Não quero deixar saudades,
nem prantos na despedida.
E se me quer na lembrança
guarda meu nome contigo,
meu nome é nome, só nome.
É simples mas decisivo.
Na flor das noites de sangue,
eu parto sem chorar dor.
Eu parto mas deixo contigo
o que aquí fui...
Eu deixo amor!
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